domingo, 10 de agosto de 2008

Miss Luft e a Foto sem Graça

Eu sei e tenho me esforçado muito. Já cedi às insistências de alguns amigos que me pedem para deixar de ser intransigente e ser mais flexível com alguns costumes alheios. Mas há modas que eu não consigo entender. No círculo universitário, há uma espécie de "máxima" que sentencia que a origem do artigo desqualifica o artigo, usada para incentivar o “não botar muita fé” em análises cujo objetivo não vai muito além de criação de um senso comum que justifique tomadas de posição precipitadas. O fato que me levou a escrever esta postagem, no entanto, não tem nada a ver com isso. Desculpem.

É que eu estava folheando a revista Veja e reparei numa coisa. Parantesis: não gosto da revista, embora seja muitas vezes forçado a lê-la, especialmente quando freqüento cafeterias, consultórios e ambientes afins; isso é engraçado porque, a despeito da aura de seriedade que ronda a publicação, nesses lugares ela fica exatamente no lugar que acredito caber a ela: ao lado de revistas de fofocas, de conselhos astrais, cuja superficialidade invariavelmente leva a quem mergulha em suas leituras freqüentes traumatismos crânio-encefálicos. Parêntesis. Me chamou a atenção aquela coluna da Lya Luft. Mas não foi o texto; foi a foto dela. Li o texto, mas não me surpreendi com ele. Achei engraçada a foto.


Não tem nada de mais com o retrato dela: é o mesmo de sempre. Já cansei de vê-lo lá, mas dessa vez ele me justificou uma gargalhada que soou estranha para os pacatos tomadores de café que estavam a meu lado. A foto tem o formato de uma 3X4 (danem-se aqueles que forem medir as reais dimensões da foto). Apesar disso, percebe-se que a pose de miss Luft não é a tradicionalmente encontrada em fotos 3X4 encontradas por aí. Ela está com o corpo inclinado para frente, com uma leve rotação de tronco e estampa um semblante misto de sereno e de gravidade. Sabe aquela pose a que os fotógrafos insistem em te submeter? Aquela em que você, sentado, tem que inclinar o tronco, apoiar os cotovelos nos joelhos e ficar olhando pra máquina com cara de foto? Então, é essa a da Lya, mas recortada em 3X4.


Depois de ter contado isso, percebi que é quase certeza que esse relato não vai ter graça para ninguém. Eu, pelo menos não ri agora nem 15% do que ri quando vi a foto na cafeteria. Mas, como o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser e como eu já tinha escrito mesmo, quis não desperdiçar o tempo. Afinal é somente um clique que separa a publicação corajosa de um ridículo da sua omissão envergonhada.


Passar bem!


segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Discussões orkutianas

Tem gente que leva muito a sério as discussões nas comunidades do orkut. Eu sei que a internet possibilitou uma boa democratização da expressão das opiniões. Mas, se não há um corpo editorial que julgue o que deve ser ou não divulgado na net, que pelo menos algumas pessoas tenham o cuidado de revisar o que dizem. Pelo menos isso.


Exemplo abaixo.