Várias são as formulações filosóficas e/ou científicas e mesmo de jogos de crianças que definem a não exclusiva unidirecionalidade de qualquer ação humana. "Não faça aos outros o que não queres que te façam a ti", "a minha liberdade acaba onde começa a do outro", "toda ação gera uma reação de igual força e sentido contrário", "tudo que bate volta", "repicou, perdeu", são todos exemplos de advertências de como todas nossas ações, embora teleologicamente planejadas e previamente idealizadas, uma vez que se objetivam, não podem ser por nós plenamente controladas e somos obrigados, assim, a retroagir sobre suas consequências em uma interminável cadeia de causalidades, subjetivações e novas objetivações. Até aquela célebre e muito ignorada máxima materna que nos aconselha não procurar chifre na cabeça de cavalo é uma maneira de demonstrar que o senso comum não é tão acientífico como insistem alguns manuais de metodologia científica.
Isto tudo para dizer que, de agora em diante, terei que controlar conscienciosamente um hábito que estava quase transformando-se em vício: beber café. Há regiões do nosso corpo que só damos conta da sua existência quando começam a incomodar. Assim é com vários músculos que são imperceptíveis até o dia após a primeira aventura na academia ou após a pelada do fim de semana. A frase "não sabia que eu tinha tantos músculos assim" é comumente ouvida de quem insiste em se dispor a uma esporádica vida não sedentária. Não é exatamente o que está acontecendo com o meu músculo orbicular do olho esquerdo, mas é quase: começou a se contrair repetida, involuntária e espasmodicamente, o que incomoda mais do que gente que acha que vence um discussão por falar mais alto que os outros.
Além de tomar conhecimento das vicissitudes que órgãos do nosso corpo possam ter, situações como esta nos possibilitam o conhecimento de coisas novas, como, por exemplo, o nome pelo qual os médicos costumam chamar estes espasmos oculares: blefaroespasmo é a palavra. Eu quase não consigo resistir a tentação de seccionar esta palavra em "blefar o espasmo", o que significaria que a irritação profunda que isso causa em mim seria resultado de um enganação proposital de um músculo facial (com o perdão da rima). Aprendi também que isso pode ter como causa o excesso de cafeína, substância que, dadas as suas prováveis consequências quando consumida em excesso, não poderia ser comercializada tão livremente como é.
Mas não era nada disso que eu queria falar. O que eu queria mesmo era disponibilizar o link para download de um disco conjunto do Maurício Baia, Gabriel Moura, Luis Carlinhos e Rogê, que se reuniram para compor um trabalho muito interessante com as parcerias que existem entre eles. Um disco muito bem feito, de cuja singeleza não se pode esperar, entretanto, falta de propósito. Da minha parte, acredito que a simplicidade do disco é resultado de um trabalho muito cuidadoso de produção, em que as revisitações de algumas músicas já conhecidas destes caríssimos senhores tinham o objetivo de criar um corpo unitário na concepção do álbum.
Vale a pena conferir e deixar que estes 4 cablocos façam a sua cabeça - tal como eles reivindicam.
Isto tudo para dizer que, de agora em diante, terei que controlar conscienciosamente um hábito que estava quase transformando-se em vício: beber café. Há regiões do nosso corpo que só damos conta da sua existência quando começam a incomodar. Assim é com vários músculos que são imperceptíveis até o dia após a primeira aventura na academia ou após a pelada do fim de semana. A frase "não sabia que eu tinha tantos músculos assim" é comumente ouvida de quem insiste em se dispor a uma esporádica vida não sedentária. Não é exatamente o que está acontecendo com o meu músculo orbicular do olho esquerdo, mas é quase: começou a se contrair repetida, involuntária e espasmodicamente, o que incomoda mais do que gente que acha que vence um discussão por falar mais alto que os outros.
Além de tomar conhecimento das vicissitudes que órgãos do nosso corpo possam ter, situações como esta nos possibilitam o conhecimento de coisas novas, como, por exemplo, o nome pelo qual os médicos costumam chamar estes espasmos oculares: blefaroespasmo é a palavra. Eu quase não consigo resistir a tentação de seccionar esta palavra em "blefar o espasmo", o que significaria que a irritação profunda que isso causa em mim seria resultado de um enganação proposital de um músculo facial (com o perdão da rima). Aprendi também que isso pode ter como causa o excesso de cafeína, substância que, dadas as suas prováveis consequências quando consumida em excesso, não poderia ser comercializada tão livremente como é.
Mas não era nada disso que eu queria falar. O que eu queria mesmo era disponibilizar o link para download de um disco conjunto do Maurício Baia, Gabriel Moura, Luis Carlinhos e Rogê, que se reuniram para compor um trabalho muito interessante com as parcerias que existem entre eles. Um disco muito bem feito, de cuja singeleza não se pode esperar, entretanto, falta de propósito. Da minha parte, acredito que a simplicidade do disco é resultado de um trabalho muito cuidadoso de produção, em que as revisitações de algumas músicas já conhecidas destes caríssimos senhores tinham o objetivo de criar um corpo unitário na concepção do álbum.
Vale a pena conferir e deixar que estes 4 cablocos façam a sua cabeça - tal como eles reivindicam.
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