quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Orquestral Imperial - Carnaval só no Ano que Vem

Pois é, gente. Quando a gente começa a sentir mais um fim de ano chegar, começa a perceber que mais uma ano se passou e não fizemos nada para deixar marca na história. Falo isso por mim, é claro, sem a pretensão de me postar como porta-voz de vocês. Mas, se a carapuça servir, que assim seja.

Eu, por mim, digo que, neste ano que vem passando e acabando, eu não plantei nenhuma árvore, não fiz nenhum filho e nem escrevi nenhum livro. Alguns amigos até me elogiaram por algumas linhas estapafúrdias que escrevi neste blog. Abre parêntesis: palavra estranha esta "estapafúrdia". Se é grande assim e soa assim em português, imagina quão grande será e quão esquisito soará em alemão. Fecha parêntesis. Bom, mas, plagiando o Oswaldo, "não era isso que eu queria falar, queria falar" da Orquestra Imperial.


Quem vem acompanhando este blog, já deve ter lido em algum lugar que eu admiro aqueles grupos que conseguem fazer um som very nice com apenas três integrantes. Mas, quando em vez, acordo assoviando músicas clássicas retiradas por britadeiras sinapsuosas do fundo perdido da memória. Não sei se expressei a idéia. O fato é que de clássico, eu sei duas músicas: uma é a nº 666 mother fuc... do Beethoven e a outra é aquela do "V de Vingança". Para um pulha em música erudita como eu, nada melhor do que dizer que gosto do som de um grupo que atende
pela alcunha de "Orquestra Imperial". E melhor, porque a música é cantada. E em português.

Enfim, para quem se encontra mais ou menos na mesma posição que eu, vai lá a dica. É legal. Vale a pena conferir. Ah, e não tem nada de música clássica no som desse pessoal, a não ser a quantidade de membros.

Cordialmente,

Alifanfarrão.

PS: os Pentapolins estão de castigo por tempo indeterminado e só saem do quarto quando eu mandar!

01. O mar e o Ar
02. Não foi em Vão
03. Ereção
04. Jardim de Alah
05. Rue de Mes Souveniers
06. Yarusha Djaruba
07. Era bom
08. Salamaleque
09. Ela Rebola
10. De uma Amor em Paz
11. Supermercado do Amor


Por gentileza, por aqui!

Oswaldo Montenegro - A Partir de Agora (2006)

01. Sexo
02. Vamos Celebrar
03. Do Muito e do Pouco
04. Flor da Idade
05. Ruína de Sol
06. O Sexo dos Anjos
07. Cavalo de Pau
08. O Azul e o Tempo (A Partir de Agora)
09. Nem todo Alceu é Valença
10. Virgem
11. Poema Quebrado
12. Madrugou
13. Quando a gente Ama
14. A Incrível História de Mauro Shampoo (Bônus Track)




Faz favor, tenha a bondade, por aqui!

Oswaldo Montenegro - 25 Anos

CD 1
01. Chão, pó, poeira / Boa noite
02. Intuição
03. Sem mandamentos
04. Cigana
05. Ramalheando - Admirável Gado Novo
06. Se puder sem medo
07. Metade
08. Faça - Um dia de domingo
09. Hoje Anida é dia de rock
10. Sempre não é todo dia

CD 2
01. Simpatia de Giz
02. Taxímetro
03. Todo mundo é lobo por dentro
04. Drops de Hortelã
05. Travessuras
06. Estrelas
07. Lua e flor - Agonia
08. Léo e Bia - História Estranha
09. A Lista
10. Baioque - Um bilhete para Didi
11. Quebra - Cabeça sem luz
12. Bandolins



Tenha a bondade de baixar este disco aqui, por favor!

Obrigado!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Elvis Presley - Discografia Completa

A pedidos do camara El Cuesta, coloco aí pra galera a discografia completa do Elvis. É o seguinte, o link deve ser aberto com o Internet Explorer. Ao clicar no botãozinho do download que abrirá, aparecerá uma tela pedindo para instalar um programinha bem pequeninho. Pode instalar que não tem nada não.
Depois disso, vocês terão que baixar parte por parte. É um total de 1,648.53 Mb. Por isso, guardem bem o endereço.

Grande Abraço a todos. Bom feriadão!

Recomendações minhas aos seus.

Discografia Completa do Elvis

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Zeca Baleiro e Parceiros - "Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé"

Poemas de Hilda Hilst musicados por Zeca Baleiro e contando com a participação de vários intérpretes.

01. Canção I - com Rita Ribeiro
02. Canção II - com Veronica Sabino
03. Canção III - com Maria Bethânia
04. Canção IV - com Jussara Silveira
05. Canção V - com Angela RoRo
06. Canção VI - com Ná Ozetti
07. Canção VII - com Zélia Duncan
08. Canção VIII - com Olívia Byington
09. Canção IX - com Mônica Salmaso
10. Canção X - com Ângela Maria


Downloadeie este disco

Zeca Baleiro - Áudio do Show "Líricas"

01. Filosofia
02. Minha Casa
03. Comigo
04. Bandeira
05. Banguela
06. Meu Amor Meu Bem Me Ame
07. Babylon
08. Quase Nada
09. Blues do Elevador
10. Stephen Fry
11. Soneto Erótico
12. Skap (Menos Sozinho)
13. One More Cup Of Coffee Flor da Pele, Vapor Barato
14. TV a Cabo
15. Dodói
16. Proibida Pra Mim
17. Tem Que Acontecer
18. Você Só Pensa Em Grana
19. Lenha
20. Heavy Metal do Senhor
21. Bienal
22. Samba do Approach
23. Nalgum Lugar

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Zeca Baleiro & Fagner - DVD-Áudio (2003)

01. Três irmãos
02. Balada de Agosto
03. Azulejo
04. Flor da Pele / Revelação
05. Dezembros
06. Não Tenho Tempo
07. Natureza Noturna
08. Frenesi
09. Um Real de Amor
10. Quase Nada
11. Proibida Pra Mim
12. Fanatismo
13. Canção Brasileira
14. Amor Escondido
15. Quem Me Levará Sou Eu
16. Você Só Pensa em Grana
17. Canhoteiro
18. Daqui Pra Lá De Lá Pra Cá
19. Palavras e Silêncios
20. Babylon
21. Último Pau de Arara
22. Cantor de Bolero
23. Noturno
24. Lenha
25. Mucurip
e

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Zeca Baleiro - Pet Shop Mundo Cão (2002)

1. Minha Tribo Sou Eu (Zeca Baleiro)
2. Eu Despedi O Meu Patrão (Zeca Baleiro e Capinan)
3. O Hacker (Zeca Baleiro)
4. Telegrama (Zeca Baleiro)
5. Mundo Dos Negócios (Zeca Baleiro)
6. Guru Da Galera (Zeca Baleiro e Fernando Abreu)
7. Drumembêis (Zeca Baleiro)
8. Um Filho E Um Cachorro (Zeca Baleiro)
9. Fiz Esta Canção (Zeca Baleiro e Mathilda Kovak)
10. As Meninas Dos Jardins (Zeca Baleiro)
11. Mundo Cão (Zeca Baleiro e Sérgio Natureza)
12. Filho De Véia (Luiz Américo e Braguinha)
13. A Serpente (Zeca Baleiro, Ramiro Musotto e Celso Borges)
14. Meu Nome É Nelson Rodrigues (Zeca Baleiro e Érico Theobaldo)


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Zeca Baleiro - Líricas (2000)

1. Minha Casa (casa (Zeca Baleiro)
2. Comigo (Zeca Baleiro)
3. Proibida pra Mim (Chorão, Marcão, Champignon, Thiago e Pelado)
4. Babylon (Zeca Baleiro)
5. Balada para Giorgio Armani (Zeca Baleiro)
6. Boi (Zeca Baleiro)
7. Nalgum Lugar (Poema de E.E. Cummings; Tradução: Augusto de Campos; mus: Zeca Baleiro)
8. Quase Nada (Zeca Baleiro e Alice Ruiz)
9. Você só Pensa em Grana (Zeca Baleiro)
10. Banguela (Zeca Baleiro)
11. Blues do Elevador (Zeca Baleiro)
12. Bigitte Bardor (Zeca Baleiro)



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Zeca Baleiro - Vô Imbolá (1999)

1. Vô imbolá (Zeca Baleiro)
2. Pagode Russo (Luiz Gonzaga e João Silva)
3. Meu Amor Meu Bem me Ame (Zeca Baleiro)
4. Lenha (Zeca Baleiro)
5. Semba (Zeca Baleiro)
6. Bienal (Zeca Baleiro)
7. Nega Tu Dá no Couro (Zeca Baleiro)
8. Piercing (Zeca Baleiro)
9. Tem que Acontecer (Sérgio Sampaio)
10. Boi de Haxixe (Zeca Baleiro)
11. Disritmia (Martinho da Vila)
12. Não Tenho Tempo (Zeca Baleiro)
13. Samba do Approach (Zeca Baleiro)
14. Maldição (Zeca Baleiro)


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Zeca Baleiro - Por Onde Andará Stephen Fry? (1997)

1. Heavy Metal do Senhor (Zeca Baleiro)
2. Bandeira (Zeca Baleiro)
3. Mamãe Oxum (Domínio Público)
4. Salão de Beleza (Zeca Baleiro)
5. Flor da Pele (Zeca Baleiro)
6. Essas Emoções (Donato Alves)
7. Stephen Fry (Zeca Baleiro)
8. O Parque de Juraci (Zeca Baleiro)
9. Pedra de Responsa (Zeca Baleiro e Chico César)
10. Kid Vinil(Zeca Baleiro)
11. Skap (Zeca Baleiro)
12. Dodói (Zeca Baleiro)
13. Heavy Metal do Senhor - vinheta (Zeca Baleiro)



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terça-feira, 6 de novembro de 2007

Polêmicas Rolexianas

E aí, rapaziada! Souberam? Souberam não? Então, estavam como eu. Até agora. De agora em diante, os senhores que estavam alheios à maior polêmica das atualidades tupiniquins (juntamente à discussão da CPMF) poderão agora dela emitir as mais variadas e pessoais opiniões.

O caso é o seguinte. O Luciano Huck, marido da Angélica (aquela da manchinha na coxa! Lembra não? Aquela do "vou de taxi"! Lembrou? Essa mesma), foi vítima da violência a que todos nós somos prováveis alvos. Quer dizer, todos nós "vírgula". Já explico. Esses dias atrás, roubaram dele um rolex. Aquele relógio de ouro caro pra daná. Ele ficou puto. Como assim roubar um relógio daquele valor? E dele? Uma das maiores personalidades da paróquia brazuca. Será que os assaltantes não o reconheceram? Acho difícil.

Pois bem, dando vazão a toda sua indignação momentânea que antecedeu a compra de outro rolex, o dono do "caldeirão" escreveu um artigo na Folha de S. Paulo, reclamando da violência, da falta de segurança, do atentado à propriedade da qual ele tinha sido vítima.

Entenderam o por quê da "vírgula"? Não. Faz assim... que horas são? Olhe pro seu braço e veja se nele tem um rolex. Usou o celular, meu amigo? Está explicado.

Passado um tempo, o Ferréz, escritor de literatura "marginal" e que mora numa favela de São Paulo, escreveu um outro artigo no mesmo jornal romanceando o acontecido com o apresentador global. Isso gerou um bafafa danado. Houve respostas do Luciano e de um tal de Reinaldo Azevedo, articulista da "Veja". Como não leio a Folha de São Paulo e nem a Veja, não soube da ocorrência. Mas me deparei agora mesmo com o texto do Zeca. Ou melhor com o segundo texto dele, que é uma resposta a todos os outros. É o texto que vocês encontram abaixo. Dá pra ter uma noção sobre o teor das discussões.

Mas não parou nisso não. Depois da carta do Zeca teve a resposta do tal Reinaldo da "Veja". Que pode ser encontrada aqui.

Aproveitem.

Zeca Baleiro - O Rolo do Rolex

NO INÍCIO do mês, o apresentador Luciano Huck escreveu um texto sobre o roubo de seu Rolex. O artigo gerou uma avalanche de cartas ao jornal, entre as quais uma escrita por mim. Não me considero um polemista, pelo menos não no sentido espetaculoso da palavra. Temo, por ser público, parecer alguém em busca de autopromoção, algo que abomino. Por outro lado, não arredo pé de uma boa discussão, o que sempre me parece salutar. Por isso resolvi aceitar o convite a expor minha opinião, já distorcida desde então.

Reconheço que minha carta, curta, grossa e escrita num instante emocionado, num impulso, não é um primor de clareza e sabia que corria o risco de interpretações toscas. Mas há momentos em que me parece necessário botar a boca no trombone, nem que seja para não poluir o fígado com rancores inúteis. Como uma provocação.


Foi o que fiz. Foi o que fez Huck, revoltado ao ver lesado seu patrimônio, sentimento, aliás, legítimo.
Eu também reclamaria caso roubassem algo comprado com o suor do rosto. Reclamaria na mesa de bar, em família, na roda de amigos. Nunca num jornal .
Esse argumento, apesar de prosaico, é pra mim o xis da questão. Por que um cidadão vem a público mostrar sua revolta com a situação do país, alardeando senso de justiça social, só quando é roubado? Lançando mão de privilégio dado a personalidades, utiliza um espaço de debates políticos e adultos para reclamações pessoais (sim, não fez mais que isso), escorado em argumentos quase infantis, como "sou cidadão, pago meus impostos". Dias depois, Ferréz, um porta-voz da periferia, escreveu texto no mesmo espaço, "romanceando" o ocorrido. Foi acusado de glamourizar o roubo e de fazer apologia do crime.

Antes que me acusem de ressentido ou revanchista, friso que lamento a violência sofrida por Huck. Não tenho nada pessoalmente contra ele, de quem não sei muito. Considero-o um bom profissional, alguém dotado de certa sensibilidade para lidar com o grande público, o que por si só me parece admirável. À distância, sei de sua rápida ascensão na TV. É, portanto, o que os mitificadores gostam de chamar de "vencedor". Alguém que conquista seu espaço à custa de trabalho me parece digno de admiração.


E-mails de leitores que chegaram até mim (os mais brandos me chamavam de "marxista babaca" e "comunista de museu") revelam uma confusão terrível de conceitos (e preconceitos) e idéias mal formuladas (há raras exceções) e me fizeram reafirmar minha triste tese de botequim de que o pensamento do nosso tempo está embotado, e as pessoas, desarticuladas.


Vi dois pobres estereótipos serem fortemente reiterados. Os que espinafraram Huck eram "comunistas", "petistas", "fascistas". Os que o apoiavam eram "burgueses", "elite", palavra que desafortunadamente usei em minha carta. Elite é palavra perigosa e, de tão levianamente usada, esquecemos seu real sentido. Recorro ao "Houaiss": "Elite - 1. o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente em um grupo social [este sentido não se aplica à grande maioria dos ricos brasileiros]; 2. minoria que detém o prestígio e o domínio sobre o grupo social [este, sim]".


A surpreendente repercussão do fato revela que a disparidade social é um calo no pé de nossa sociedade, para o qual não parece haver remédio -desfilaram intolerância e ódio à flor da pele, a destacar o espantoso texto de Reinaldo Azevedo, colunista da revista "Veja", notório reduto da ultradireita caricata, mas nem por isso menos perigosa. Amparado em uma hipócrita "consciência democrática", propõe vetar o direito à expressão (represália a Ferréz), uma das maiores conquistas do nosso ralo processo democrático. Não cabendo em si, dispara esta pérola: "Sem ela [a propriedade privada], estaríamos de tacape na mão, puxando as moças pelos cabelos". Confesso que me peguei a imaginar esse sr. de tacape em mãos, lutando por seu lugar à sombra sem o escudo de uma revista fascistóide. Os idiotas devem ter direito à expressão, sim, sr. Reinaldo. Seu texto é prova disso.


Igual direito de expressão foi dado a Huck e Ferréz. Do imbróglio, sobram-me duas parcas conclusões. A exclusão social não justifica a delinqüência ou o pendor ao crime, mas ninguém poderá negar que alguém sem direito à escola, que cresce num cenário de miséria e abandono, está mais vulnerável aos apelos da vida bandida. Por seu turno, pessoas públicas não são blindadas (seus carros podem ser) e estão sujeitas a roubos, violências ou à desaprovação de leitores, especialmente se cometem textos fúteis sobre questões tão críticas como essa ora em debate.


Por fim, devo dizer que sempre pensei a existência como algo muito mais complexo do que um mero embate entre ricos e pobres, esquerda e direita, conservadores e progressistas, excluídos e privilegiados. O tosco debate em torno do desabafo nervoso de Huck pôs novas pulgas na minha orelha. Ao que parece, desde as priscas eras, o problema do mundo é mesmo um só -uma luta de classes cruel e sem fim.

José De Ribamar Coelho Santos, 41, o Zeca Baleiro, é cantor e compositor maranhense. Tem sete discos lançados, entre eles, ' Pet Shop Mundo Cão

domingo, 4 de novembro de 2007

Entrando na Onda do Tropa de Elite - Piada

Um dia quiseram ver quem era o melhor: McGyver, Jack Bauer ou Cap. Nascimento.

Chegaram pro McGyver e falaram: A gente soltou um coelho nessa floresta.

Encontre mais rápido que os outros e você será considerado o melhor!

McGyver pegou uma moeda de 5 centavos no chão, um graveto e uma pedra e entrou na floresta. Demorou 2 dias pra construir um detector de coelhos em floresta e voltou no 3o dia com o coelho.

Daí chegaram pro Jack Bauer e falaram a mesma coisa. Ele entrou correndo na floresta e 24 horas depois apareceu com o coelho. Pediu desculpas porque teve q desarmar 5 bombas nucleares, recuperar 15 armas químicas, escapar de um navio cargueiro que ia pra China e matar 100 terroristas pra chegar até o coelho.

Daí pediram para o Cap. Nascimento buscar o coelho. Se ele demorasse menos de 24 horas, seria o melhor. No que ele respondeu: Tá de sacanagem comigo 05? Ce ta de sacanagem comigo? Você acha que eu tenho um dia inteiro pra perder com essa porra de brincadeira 05? Tu eh mo-le-que! MO-LE-QUE 05! Virou-se calmamente para a floresta e gritou: Pede pra sair! Pede pra sair cambada! Em menos de 5 segundos já tinha saído da floresta: 300 coelhos, 20 jaguatiricas, 50 jacarés, 1000 paca-tatu-cotia- nao, o Shrek e o monstrofumaça do Lost.

Dai ele gritou:

- 02, tem gente com medinho de sair da floresta, 02!

- 07, traz a 12!

Nisso o Bin laden saiu da floresta correndo!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Cordel do Fogo Encantado - Procissão ou Jesus no Xadrez

No tempo em que as estradas eram poucas no sertão
Tangerinos e boiadas cruzavam a região
Entre volante e cangaço quando a lei era do braço
Do jagunço pau mandando do coronel invasor
Dava-se no interior esse caso inusitado

Quando o Palmera das Antas pertencia
Ao capitão Justino Bento da Cruz nunca faltou diversão
Vaquejada, canturia, procissão e romaria
Sexta-feira da Paixão

Na quinta-feira maior Dona Maria das Dores
No salão paroquial reunia os moradores
Depois de uma preleção ao lado do capitão
Escalava a seleção de atriz e atores

Todo ano era um Jesus, um Caifaz e um Pilatos
Só nao mudavam a cruz, o verdugo e os mal-tratos
O Cristo daquele ano foi o Quincas Beija-Flor
Caifaz foi Cipriano, Pilatos foi Nicanor

Duas cordas paralelas separava a multidão
Pra que pudessem entre elas caminhar a procissão
Quincas conduzindo a cruz foi e num foi, advertia,
Um cinturião pervesso que com força lhe batia
Era pra bater maneiro, Bastião não entendia
Devido um grande pifão que tomou naquele dia
Do vinho que o capelão guardava na sacristia

Cristo dizia: "ô rapaz, vê se bate devagar,
Já to todo encalombado assim não vou aguentar,
Tá com a gota pra doer, ou tu pára de bater ou a gente vai brigar
Jogo já essa cruz fora, tô ficando aperriado,
Vou morrer antes da hora de ficar crucificado"

O pior é que o malvado fingia que não ouvia
E além de bater com força ainda se divertia,
Espiava pra Jesus, fazia pouco e dizia:
"Que Cristo frouxo é você que chora na procissão?
Jesus pelo que se sabe num era mole assim não
Eu tô batendo com pena, tu vai ver o que é bom,
Na subida da ladeira da venda de Fenelon
O couro vai ser dobrado
Até chegar no mercado, a cuica muda o tom"

Naquele momento ouviu-se um grito na multidão
Era Quincas que com raiva sacudiu a cruz no chão
E partiu feito um maluco pra cima de Bastião
Se travaram num tabefe, pontapé e cabeçada
Madalena levou queda, Pilatos levou pancada
Deram um cacete em Caífaz que até hoje não faz nem sente gosto de nada

Desmancharam a procissão, o cacete foi pesado
São Tomé levou um tranco que ficou desacordado
Acertaram um cocorote na careca de Timotéo que inté hoje é aluado
IAté mesmo São José que não é de confusão,
Na ânsia de defender o seu filho de criação
Aproveitou a garapa pra dar um monte de tapa na cara do bom ladrão

A briga só terminou quando o doutor delegado
Interviu e separou cada santo pro seu lado
Desde que o mundo se fez, foi essa a primeira vez
Que Jesus foi pro xadrez mas não foi crucificado

Baixe a declamação ao vivo desta poesia aqui