quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tianastácia

Acebolado (1996)




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Álbum Branco (1997)



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Tá na Boa (1999)



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Criança Louca
(2000)





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Ney Matogrosso Interpreta Cartola (Ao Vivo)






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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tommy Emmanuel - Nine Pound Hammer 5/7/2008

O fdp tem a petulância de cantar junto ainda... Tô fã!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tommy Emmanuel - Guitar Boogie

Rock ´n Roll, baby!

Quero ver quem consegue ficar sem mexer, no mínimo, os joelhinhos.

Oswaldo Montenegro - Intimidade (áudio do DVD)







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Zeca Baleiro - O Coração do Homem-Bomba (Vol. 1)






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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sumário - Paulo Leminski

As versões digitais dos livros têm também lá suas desvantagens. Podem ser passageiras, instantâneas, mas as têm e podem ser fonte de deliciosos enganos. Aconteceu um desses comigo neste exato momento, motivo que me fez dedicar-lhe uma postagem.

Estava eu procurando algo para ler no computador, quando decidi voltar a ler os "Anseios Crípticos 2" do Leminski. Era a terceira vez que o começava. As duas anteriores não o finalizaram e havia muito tempo que deixara pra lá a empreitada. Enfim, comecei a lê-lo e uma coisa interessante aconteceu. Por um momento, eu me esqueci que livro de poesia costuma ter sumário e comecei a ler o Sumário do livro como se fosse mais uma poesia do Leminski. Não sei por que não atinei que o Sumário estava ali justamente para indexar as poesias no livro e que aquilo que para mim eram os versos não passavam, na verdade, da hierarquia das poesias por ordem de chegada. Ri sozinho e achei graça nisso, e decidi postar o sumário do livro no blog. Leiam-no desconsiderando o fato de saberem que trata realmente do sumário de um livro, acreditando que seja mesmo mais uma sacada do Leminski e vejam se não dá pra se enganar. E deliciosamente.

sumário


m, de memória
latim com gosto de vinho tinto
um texto bastardo
taiyo to tetsu: entre o gesto e o texto
lennon rindo
ferlinguete-se!
o uivo e o silêncio
jarry, supermoderno
folhas de relva forever: a revelação permanente
méxico
sertões anti-euclidianos
trans/paralelas
significado do símbolo
o veneno das revistas da invenção
grande ser, tão veredas
e o vento levou a divina comédia
poeta roqueiro
aventuras do ser no nada: quem tem náusea de Sartre?
tímidos e recatados
tradução dos ventos
prosa estelar
bonsai: niponização e miniaturização da poesia brasileira
história mal contada

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vai Uma Opinião Formada aí?

Opinião sobre qualquer coisa todo mundo tem. Mesmo havendo aqueles que, às vezes, quando instigados, viram o rosto impacientes sem antes lançarem um olhar detonador de petardos invisíveis, mas sensíveis, ou aquel´outros que escondem o mesmo rosto atrás das mãos induzindo-nos a pensar que a qualquer momento nos surpreenderão com um "Achou!" como se estivesse a tratar com crianças. O fato é que, no Brasil, a aludida fertilidade do solo reverbera nas metalidades e torna possível a paráfrase: no Brasil, em se tratando de opinião, espremendo, tudo dá!
Isso é bom? Nã sei. Mas incomoda um pouco, porque todo mundo se torna um formador de opinião. A alcunha pode trazer um aprazido afago no ego sem que necessariamente se escape de ser ridículo. Imagine o diálogo de dois velhos conhecidos que se encontram por acaso numa partida de badminton:

- Ô rapá, há quanto tempo?

- Vixe, acabei de chegar, mas acho que deve ter uns 10 minutos jogados só. Você também está torcendo para os de camiseta branca e shorts azuis?

- Putz! Ainda com aquele problema de dislexia? Não procurou ajuda especializada?

- Procurei, mas sabe como é, você pega essa crise toda acontecendo, junta a minha dificuldade de entendimento, adiciona a chatice de procurar alguma coisa no emaranhado de letrinhas minúsculas das páginas amarelas, no final, o máximo que você consegue é acabar caindo no escritório de um bom retórico que hoje ganha a vida como formador de opinião.

- Hum. Sei. Formador de opinião, é? Então, sarar, você não sarou, mas saiu de lá com sua opinião formada.

- Iss. E pra garantir ele ainda me deu um certificado que comprova a formação da minha opinião.

- Puxa, vida. Me passe, então, o endereço, que eu vou procurar esse sujeito. Quero ter minha opinião formada por ele. Saio de lá com opinião formada, graduada e com canudo. Posso até ganhar vantagens no mercado de trabalho.

O disléxico passa o endereço - errado - para o outro, que sai feliz sem saber que tinha sido enganado pelo amigo, cujo senso de sobrevivência o obrigou a eliminar um possível concorrente.

Faz-se necessária uma correção. A paráfrase mais acima ficou contraditória com os efeitos do diálogo menos acima, o que nos obriga a uma alteração à contragosto. Como atualmente ninguém está dando nada, pois ninguém mais acredita no ditado que tenta nos convencer de que "em se dando, recebe-se em dobro" e está sendo muito difícil esperar até o pagamento divino, a paráfrase forçosamente tem que ser outra: no Brasil, em se tratando de opinião, espremendo, tudo vende!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Estou lendo: História do Cerco de Lisboa de José Saramago

"O exército não terá de avisar as famílias por telegrama, No cumprimento do seu dever caiu no campo de honra, maneira sem dúvida mais elegante que explicar mui por claro, Morreu com a cabeça esmagada por uma pedra que um filho da puta de um mouro atirou lá de cima, é que estes exércitos ainda não têm cadastro, os generais, quando muito, e muito pela rama, sabem que ao princípio tinham doze mil homens e daqui para adiante o que têm a fazer é ir descontando todos os dias uns tantos, soldado na frente de batalha não precisa de nome, Ó sua besta, se recuas levas um tiro nos cornos, e ele não recuou, e a pedra caiu, e ele morreu" (p. 285).

Para quem já leu algum livro do Saramago fica fácil identificar os cortes textuais, isto é, onde fala o narrador, onde falam os personagens e onde há citações das mais variadas. Para quem não leu nenhum livro do Saramago, além de desejar os pêsames, basta dizer que estes cortes estão indicados por vírgulas seguidas (ou não) de uma letra maiúscula.
Nesta passagem, o autor da fictícia História do Cerco de Lisboa está narrando parte da batalha entre cristãos e mouros pela tomada da cidade de Lisboa - nesta passagem, ainda em mãos muçulmanas.