Segue abaixo uma amostra do que foi uma ótima idéia da TV Cultura: filmar ótimos atores declamando contos de célebres autores nacionais. À medida que vou fazendo o upload, vou colocando aqui para vocês.
PS: todos os arquivos estão em .flv
A Cabeça - Luis Vilela (por Giulia Gam)
A Filha do Patrão - Artur Azevedo (por Beth Goulart)
A Medalha - Lygia Fagundes Telles (por Maria Luisa Mendonça)
A Moralista - Dinah Silveira de Queiroz (por Maria Luisa Mendonça)
A Passagem - Leo Trombka (Paulo Cesar Pereio)
"Havemos de favorecer e ajudar aos necessitados e desvalidos. Hás de saber, Sancho, que este, que vem pela nossa frente, o capitaneia o grande Imperador Alifanfarrão, senhor da grande Trapobana; e estoutro, que marcha por trás das minhas costas, é o do seu inimigo el-rei dos garamantes Pentapolim do Arremangado Braço, porque sempre entra nas batalhas com o braço direito nu. Este Alifanfarrão é um pagão furibundo, e está enamorado da filha de Pentapolim. Seu pai não quer dá-la ao rei pagão”.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
A bela rabisqueira contra a página em branco
- Diz-que criança é "uma página em branco onde se pode escrever um belo livro".
- Quem diz-que é isso?
- Ah, um sujeito aí.
- Não conhece?
- Devo conhecer, mas não lembro. Pra mim, é um sujeito meio indefinido.
- Indefinido ou oculto?
- Pensando bem, do tanto que isso é repetido pela boca do povo, esse tal de sujeito está mais pra onipresente.
- Pois é, mas se você, por acaso, encontrar esse cabra por aí, avise ele que eu vou dar um safanão nas ventas dele.
- Oxe! E por que?
- Oxe! Como é que fala e faz o povo repetir que criança é página em branco! É nunca que é! Criança é bem sabida, sim senhor. Tenho até medo, às vezes.
- E é mesmo. Sei não, mas tenho pra mim que elas estão mais espertas que nós. Acho que é por causa da televisão.
- Outro dia, me vi num perrengue danado tendo que explicar pro meu menino umas coisas sobre a páscoa que eu não sabia: esse negócio de Jesus morrer todo ano na sexta-feira-santa e a reza dizer que ele ressuscita no 3° dia, quando, na verdade, ele ressuscita mesmo é dois dias depois, no Domingo. Que jeito que explica isso pro moleque?
- Ixi, rapaz, sei não. Mas vou manter meu menino meio afastado do seu por uns tempos.
- Certo faz você. Meu menino é um tiquinho de nada, mas me põe contra a parede que é um deus-nos-acuda.
- Mas será que, por isso, dá pra dizer que não é página em branco?
- Se dá! Tudo bem que pode não ser já escritinho bonitinho em arial 12, mas que é uma bela duma rabisqueira, isso é.
- Quem diz-que é isso?
- Ah, um sujeito aí.
- Não conhece?
- Devo conhecer, mas não lembro. Pra mim, é um sujeito meio indefinido.
- Indefinido ou oculto?
- Pensando bem, do tanto que isso é repetido pela boca do povo, esse tal de sujeito está mais pra onipresente.
- Pois é, mas se você, por acaso, encontrar esse cabra por aí, avise ele que eu vou dar um safanão nas ventas dele.
- Oxe! E por que?
- Oxe! Como é que fala e faz o povo repetir que criança é página em branco! É nunca que é! Criança é bem sabida, sim senhor. Tenho até medo, às vezes.
- E é mesmo. Sei não, mas tenho pra mim que elas estão mais espertas que nós. Acho que é por causa da televisão.
- Outro dia, me vi num perrengue danado tendo que explicar pro meu menino umas coisas sobre a páscoa que eu não sabia: esse negócio de Jesus morrer todo ano na sexta-feira-santa e a reza dizer que ele ressuscita no 3° dia, quando, na verdade, ele ressuscita mesmo é dois dias depois, no Domingo. Que jeito que explica isso pro moleque?
- Ixi, rapaz, sei não. Mas vou manter meu menino meio afastado do seu por uns tempos.
- Certo faz você. Meu menino é um tiquinho de nada, mas me põe contra a parede que é um deus-nos-acuda.
- Mas será que, por isso, dá pra dizer que não é página em branco?
- Se dá! Tudo bem que pode não ser já escritinho bonitinho em arial 12, mas que é uma bela duma rabisqueira, isso é.
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