sábado, 30 de março de 2013

"como um coto", de Paulo Leminski



como um coto caro ao roto
incrédulo tiago
toco as chagas
que me chegam
do passado
mutilado

toco o nada
aquele nada que não para
aquele agora nada
que tinha
a minha cara

nada não
que nada nenhum
declara tamanha danação

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